Out of Empty

Já não lembro mais,

De quando conhecia,

O eu em essência.

Tornei-me pura agonia.


Outrora,

Uma criança feliz

Agora,

Um mar de confusão.


As vezes me pergunto

Alguém devo culpar?

Ou apenas,

Tudo isso aceitar.


Destino,

Divino?

Tudo é ao acaso? Ou

Tudo é definido?


Há tempos estou

A tentar me reencontrar

Uma tarefa árdua,

Não posso negar.


E se em meu peito

Houve uma chama?

Que para voltar a brilhar,

Agora clama...


E se na verdade,

O verdadeiro eu

Não desapareceu,

Mas aqui dentro, morreu.


Não sei o que dizer,

Só me resta a mente,

Mas apenas com ela,

Há muito não estou contente...


Há algo lá em cima

Que pode nos ouvir?

Ou apenas o universo

Que está a se expandir?


Há algo por aí

Que nos ama, não só pela aparência?

Ou apenas o cosmos

Que ignora nossa existência?

Chris Graffin, 2020.


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